domingo, 28 de março de 2010

MORRO DA PROVIDÊNCIA: DEPOIS DOS FUZIS, A OPERAÇÃO CIDADANIA

Rio de janeiro



O prédio que será transformado na sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência tem três andares, atualmente divididos entre o Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae) e o Centro de Referência de Assistência Social (Cras). As janelas do segundo andar ainda guardam as marcas da presença do tráfico. São 34 furos de balas de fuzis e pistolas que tiraram a liberdade dos mais de 10 mil moradores da mais antiga favela carioca, no Centro da cidade. Com a presença da polícia, que chegou para não sair mais, o caminho está fechado às ameaças do crime e aberto para a entrada da cidadania.



— Acabou essa história de que a violência não tem solução, mas só polícia não basta. Os serviços precisam chegar junto — disse o coordenador das UPPs, Cel. José Vieira de Carvalho Júnior.






Em menos de uma semana de ocupação, feita por agentes dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque (BPChq), a comunidade já sente os efeitos da expectativa por novos tempos. Dentro daquela sala cortada pelos tiros, um cabo da PM dá lições de disciplina a crianças e jovens moradores da Providência, mas sem armas ou cacetetes. Hernani Barbosa Lopes é professor de karatê. Sua turma tem 78 alunos e, com a pacificação, está aumentando. Só nos últimos cinco dias, ele recebeu 22 pedidos de inscrição.

— Com a UPP as crianças perdem o medo de terem aulas com um policial e, depois, ser ameaçada por algum traficante. Esperamos que a iniciativa privada passe a olhar a comunidade de forma diferente — explicou o cabo Hernani, que conseguiu uniformizar parte da turma com quimonos doados por amigos praticantes do esporte.
                              clique aqui e assista o vídeo da aula do PM
                                                   




fonte:extra.globo.com

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