segunda-feira, 15 de março de 2010

Há três anos, uma facada no coração do tráfico

UPP no complexo do alemão






No dia 27 de junho de 2007, na maior operação policial da história da cidade, 1.350 homens, 150 deles da Força Nacional de Segurança, subiram o Complexo do Alemão para oito horas de confronto. Oficialmente, 19 pessoas morreram. Treze foram recolhidos pela própria polícia e seis foram deixados à noite em uma van, em uma rua da Penha. Apesar do número divulgado pela polícia, estudos de entidades de Direitos Humanos apontaram que a quantidade de vítimas fatais passou de 30. Todos os mortos seriam bandidos, mas um informe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) denunciou que onze não tinham relação com o tráfico. Em outra investigação sobre os abusos cometidos, relatório pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) revelou que houve execuções durante a operação.



Além dos mortos, oito pessoas ficaram feridas. Foram apreendidos três fuzis, uma submetralhadora, cinco pistolas, um carregamento de dinamite em gel e duas metralhadoras. Ainda foi apreendida uma ponto 50, arma capaz de derrubar aviões e furar as viaturas blindadas, os caveirões. Para chegar ao Areal, quartel-general do tráfico do Alemão, a polícia infiltrou no morro, na véspera, nove atiradores de elite. Eles foram encarregados de abrir caminho para os pelotões de policiais. Com o tiroteio, oito escolas fecharam e 4.600 crianças ficaram sem aulas. Na época, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, qualificou a ação como precisa. "Foi uma grande operação. O remédio para aquela comunidade é amargo, maas não é por isso que não vamos agir".



fonte:extra.globo.com

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