DIÁLOGO ENTRE O POLICIAL E A PROFESSORA:
• MOTA MOTA: Cara Professora Márcia Baltazar,
Venho com muito respeito esclarecer alguns fatos que talvez a senhora ignore. Sou Policial Militar e, por conta dessas novas tecnologias, acabei recebendo uma informação sobre a veiculação de uma denúncia da senhora em relação à pintura da fachada de uma Unidade da PMSE.
MÁRCIA BALTAZAR: Eis a minha denuncia publicada no Facebook, publicada dia 23/01/2016 às 23:52:
Reclamação feita ao Ministério Público de Sergipe (recomendo que façam o mesmo!):
Estou indignada com a imagem pintada no muro do Comando de Operações Especiais ( COE - Polícia Militar) de Aracaju, cuja sede fica na Av. Hildete Falcão Batista, s/n.Atalaia. Aracaju/SE. A figura é uma caveira entre duas armas. Reclamo e exijo que retirem esta imagem como simbolo do COE, pois segundo pesquisado no site da Polícia Militar do Estado de Sergipe, a missão do COE é: "Nossa visão: ser um referencial de excelência em intervenções policiais especializadas e orgulho da sociedade sergipana. Nossa missão: realizar a gestão integrada de eventos de defesa social de alto risco e atuar na repressão qualificada da criminalidade organizada, proporcionando um ambiente seguro em Sergipe. Nosso negócio: promover e preservar a paz social por intermédio de ações táticas especiais. Nossos valores: credibilidade, humanização, crescimento, participação e respeito."
Já o simbolo da caveira, sabemos que remete diretamente a morte, a veneno, a perigo, a piratas. O que não condiz com o que o COE "diz" ser sua missão e que esperamos, como cidadãos, que seja, de fato, sua missão. Dessa forma, o símbolo da caveira precisa ser retirado urgentemente do muro do COE, pois só excita o terror sem nenhuma necessidade e adequação à função da Polícia Militar.”
MOTA MOTA: Deixou bem claro que a senhora nada sabe sobre atividade militar, PM e suas simbologias. O PM é um profissional que se dedica diariamente à luta contra o crime e é o único profissional do Brasil que, ao ingressar, faz juramento disponibilizando a própria vida em prol de uma missão muito maior que patrimônios e regalias: ele se arrisca para salvar vidas, inclusive a da senhora.
MÁRCIA BALTAZAR: Reconheço, sim, a importância da polícia. Já trabalhei com policiais e sei de suas funções. Já precisei de segurança e a obtive, através da polícia, em várias situações.
MOTA MOTA: O PM não pode fazer greve (situação essa que a senhora conhece muito bem e de forma corriqueira , uma vez que, apesar de vários erros de ortografia e concordância na vossa postagem, a senhora é Professora da UFS).
MÁRCIA BALTAZAR: Greve é um direito! Como os PM´s não podem fazer greve?
Os erros de ortografia se devem à pressa aliada ao cansaço após um dia de trabalho. A escolha de “excita o terror” é proposital e podemos, se achar interessante aos nossos leitores, debater também os sentidos de “incita ao terror” e de “excita o terror”.
MOTA MOTA: O PM não tem carga horária definida e, geralmente, não trabalha em salinhas bem protegidas e climatizadas, como as da UFS. O PM, em si só, supera todas as suas dificuldades e, apesar de trabalhar em instalações inadequadas, ter salário atrasado, arriscar a própria vida, não vive pondo culpa em Governo ou articulando como será a próxima greve (talvez este ano seja durante as Olimpíadas, já que milagrosamente ano retrasado a greve dos professores da UFS foi durante a Copa do Mundo e durou, milagrosamente de novo, até o fim do referido evento). O PM simplesmente vai lá e cumpre a missão.
MÁRCIA BALTAZAR: Caro Mota! Gosto de pessoas que, como eu, gostam do que fazem! Só discordo de que devemos calar a boca diante de condições inadequadas. Ficar engolindo sapo, calote e obedecendo cegamente nosso juramento enquanto profissionais são ações que podem, às vezes, gerar situações que são o oposto da nossa função. Acredito que as normas, os símbolos e as hierarquias são necessários, mas, se não formos críticos em relação a eles, corremos o risco de reproduzir a opressão aos que têm menos poder que nós. E assim sucessivamente, criamos uma sociedade autoritária e violenta.
MOTA MOTA: A história da faca na caveira, que CLARAMENTE, a senhora não sabe e antes de postar nem procurou saber, tem ligação com a Guerra Mundial. A história mais usada para explicar a origem do símbolo Faca na Caveira, se remete ao final da Segunda Guerra Mundial, onde depois das tropas aliadas invadirem um Quartel General alemão, foi localizado dentro num gabinete nazista um crânio. Prontamente o comandante da operação da tropa britânica (Commandos Inglês) que fizera a invasão, cravou seu punhal no objeto, dizendo que aquele ato significava a “vitória sobre a morte”.
MÁRCIA BALTAZAR: Realmente não conhecia essa história, mas, pessoalmente, achei um pouco covarde e histriônico o ato de cravar um punhal num crânio morto e dizer “vitória sobre a morte”. Pesquisei que o comandante da tropa britânica estava se referindo ao fim do extermínio dos judeus, correto? Sei que a identificação da polícia militar brasileira com as tropas britânicas foi devido a cursos de formação de operações especiais que eles ministraram aqui depois da 2ª. Guerra. Mas também sabemos que depois da 2ª. guerra tiveram tantas outras... Ou seja, o tal punhal não acabou nada com a morte. Aliás, fui olhar qual é o símbolo do SAS Britânico (polícia de operações especiais da Inglaterra) e é o punhal com “asas amarelas” e os dizeres “quem ousa vence”_ mais heroico e nada terrificante.
MOTA MOTA: Ressalta-se que os Comandos Ingleses recebiam um punhal como símbolo da conclusão do Curso de Comandos, pois entendiam que simbolizava o sigilo necessário nas missões de Commandos. Ainda, o aluno primeiro colocado do Curso recebia sua faca entre os dentes, fato que originou o termo “faca na boca”.
MÁRCIA BALTAZAR: Mota, me espanta os símbolos de ameaça para o sigilo! Uma faca! Como entender que uma faca simboliza sigilo? Faca corta. Ok, ela pode ser precisa, mas não consigo me convencer de que ela representa o sigilo, exceto se for a faca que corta quem abre a boca...
MOTA MOTA: Como a senhora pode ver, a faca na caveira significa a vitória do bem sobre o mal. A vitória da vida sobre a morte. E outras incontáveis vitórias que não consigo expressar em tão pouco espaço.
MÁRCIA BALTAZAR: Desculpa a minha burrice, não consigo entender isso: vitória do bem sobre o mal, a vitória da vida sobre a morte!
MOTA MOTA: Peço que a senhora, como pessoa esclarecida e que forma opiniões, possa pensar nas consequências de postagens sem embasamento. Somos livres e temos direito à livre expressão, porém, falar sem ter conhecimento de causa soa mais como ignorância do que como sabedoria e liberdade.
MÁRCIA BALTAZAR: Estou pensando e estudando melhor... Mas continuo com a opinião de que vocês não deveriam ficar ostentando esse símbolo porque ele “excita o terror”.
MOTA MOTA: Peço que, do mesmo jeito que a senhora foi ao MP solicitar uma simples mudança de pintura de parede, possa ir também para solicitar e exigir que salários sejam pagos em dia, que professores sejam também fiscalizados e possam dar aulas de qualidade ( são pagos para isso), que os hospitais atendam de forma digna e humana as pessoas que ali chegam para serem socorridas, que policiais e bombeiros tenham instalações humanas para que possam servir de forma ainda mais qualificada os cidadãos (inclusive a senhora).
MÁRCIA BALTAZAR: Claro! Estamos juntos e de acordo!
MOTA MOTA: Nunca subestime a cultura e profissão alheias.
MÁRCIA BALTAZAR: Não subestimei. Por isso gasto meu tempo de sono para “exigir” que tirem a pintura do muro. Confesso que usei um tom arrogante na minha reclamação ao Ministério Público, mas foi para causar mesmo! Não desmereço a polícia. Mas você não me convenceu de que o símbolo da caveira com as ditas armas é um símbolo que representa a promoção e a preservação da paz.
MOTA MOTA: Procure saber mais sobre o significado dos símbolos e enriqueça a sua bagagem cultural.
MÁRCIA BALTAZAR: Sim, já estou fazendo isso!
MOTA MOTA: E nunca se esqueça que, enquanto a senhora estava com o seu carro parado numa via tirando foto do vosso celular, havia policiais trabalhando e garantindo a sua segurança e a dos demais cidadãos.
MÁRCIA BALTAZAR: Não fui eu quem tirou a foto. Eu estava lavando roupa...
MOTA MOTA: Grande Abraço!
MÁRCIA BALTAZAR: Gostei do debate! Adoro! Abraços!
Venho com muito respeito esclarecer alguns fatos que talvez a senhora ignore. Sou Policial Militar e, por conta dessas novas tecnologias, acabei recebendo uma informação sobre a veiculação de uma denúncia da senhora em relação à pintura da fachada de uma Unidade da PMSE.
MÁRCIA BALTAZAR: Eis a minha denuncia publicada no Facebook, publicada dia 23/01/2016 às 23:52:
Reclamação feita ao Ministério Público de Sergipe (recomendo que façam o mesmo!):
Estou indignada com a imagem pintada no muro do Comando de Operações Especiais ( COE - Polícia Militar) de Aracaju, cuja sede fica na Av. Hildete Falcão Batista, s/n.Atalaia. Aracaju/SE. A figura é uma caveira entre duas armas. Reclamo e exijo que retirem esta imagem como simbolo do COE, pois segundo pesquisado no site da Polícia Militar do Estado de Sergipe, a missão do COE é: "Nossa visão: ser um referencial de excelência em intervenções policiais especializadas e orgulho da sociedade sergipana. Nossa missão: realizar a gestão integrada de eventos de defesa social de alto risco e atuar na repressão qualificada da criminalidade organizada, proporcionando um ambiente seguro em Sergipe. Nosso negócio: promover e preservar a paz social por intermédio de ações táticas especiais. Nossos valores: credibilidade, humanização, crescimento, participação e respeito."
Já o simbolo da caveira, sabemos que remete diretamente a morte, a veneno, a perigo, a piratas. O que não condiz com o que o COE "diz" ser sua missão e que esperamos, como cidadãos, que seja, de fato, sua missão. Dessa forma, o símbolo da caveira precisa ser retirado urgentemente do muro do COE, pois só excita o terror sem nenhuma necessidade e adequação à função da Polícia Militar.”
MOTA MOTA: Deixou bem claro que a senhora nada sabe sobre atividade militar, PM e suas simbologias. O PM é um profissional que se dedica diariamente à luta contra o crime e é o único profissional do Brasil que, ao ingressar, faz juramento disponibilizando a própria vida em prol de uma missão muito maior que patrimônios e regalias: ele se arrisca para salvar vidas, inclusive a da senhora.
MÁRCIA BALTAZAR: Reconheço, sim, a importância da polícia. Já trabalhei com policiais e sei de suas funções. Já precisei de segurança e a obtive, através da polícia, em várias situações.
MOTA MOTA: O PM não pode fazer greve (situação essa que a senhora conhece muito bem e de forma corriqueira , uma vez que, apesar de vários erros de ortografia e concordância na vossa postagem, a senhora é Professora da UFS).
MÁRCIA BALTAZAR: Greve é um direito! Como os PM´s não podem fazer greve?
Os erros de ortografia se devem à pressa aliada ao cansaço após um dia de trabalho. A escolha de “excita o terror” é proposital e podemos, se achar interessante aos nossos leitores, debater também os sentidos de “incita ao terror” e de “excita o terror”.
MOTA MOTA: O PM não tem carga horária definida e, geralmente, não trabalha em salinhas bem protegidas e climatizadas, como as da UFS. O PM, em si só, supera todas as suas dificuldades e, apesar de trabalhar em instalações inadequadas, ter salário atrasado, arriscar a própria vida, não vive pondo culpa em Governo ou articulando como será a próxima greve (talvez este ano seja durante as Olimpíadas, já que milagrosamente ano retrasado a greve dos professores da UFS foi durante a Copa do Mundo e durou, milagrosamente de novo, até o fim do referido evento). O PM simplesmente vai lá e cumpre a missão.
MÁRCIA BALTAZAR: Caro Mota! Gosto de pessoas que, como eu, gostam do que fazem! Só discordo de que devemos calar a boca diante de condições inadequadas. Ficar engolindo sapo, calote e obedecendo cegamente nosso juramento enquanto profissionais são ações que podem, às vezes, gerar situações que são o oposto da nossa função. Acredito que as normas, os símbolos e as hierarquias são necessários, mas, se não formos críticos em relação a eles, corremos o risco de reproduzir a opressão aos que têm menos poder que nós. E assim sucessivamente, criamos uma sociedade autoritária e violenta.
MOTA MOTA: A história da faca na caveira, que CLARAMENTE, a senhora não sabe e antes de postar nem procurou saber, tem ligação com a Guerra Mundial. A história mais usada para explicar a origem do símbolo Faca na Caveira, se remete ao final da Segunda Guerra Mundial, onde depois das tropas aliadas invadirem um Quartel General alemão, foi localizado dentro num gabinete nazista um crânio. Prontamente o comandante da operação da tropa britânica (Commandos Inglês) que fizera a invasão, cravou seu punhal no objeto, dizendo que aquele ato significava a “vitória sobre a morte”.
MÁRCIA BALTAZAR: Realmente não conhecia essa história, mas, pessoalmente, achei um pouco covarde e histriônico o ato de cravar um punhal num crânio morto e dizer “vitória sobre a morte”. Pesquisei que o comandante da tropa britânica estava se referindo ao fim do extermínio dos judeus, correto? Sei que a identificação da polícia militar brasileira com as tropas britânicas foi devido a cursos de formação de operações especiais que eles ministraram aqui depois da 2ª. Guerra. Mas também sabemos que depois da 2ª. guerra tiveram tantas outras... Ou seja, o tal punhal não acabou nada com a morte. Aliás, fui olhar qual é o símbolo do SAS Britânico (polícia de operações especiais da Inglaterra) e é o punhal com “asas amarelas” e os dizeres “quem ousa vence”_ mais heroico e nada terrificante.
MOTA MOTA: Ressalta-se que os Comandos Ingleses recebiam um punhal como símbolo da conclusão do Curso de Comandos, pois entendiam que simbolizava o sigilo necessário nas missões de Commandos. Ainda, o aluno primeiro colocado do Curso recebia sua faca entre os dentes, fato que originou o termo “faca na boca”.
MÁRCIA BALTAZAR: Mota, me espanta os símbolos de ameaça para o sigilo! Uma faca! Como entender que uma faca simboliza sigilo? Faca corta. Ok, ela pode ser precisa, mas não consigo me convencer de que ela representa o sigilo, exceto se for a faca que corta quem abre a boca...
MOTA MOTA: Como a senhora pode ver, a faca na caveira significa a vitória do bem sobre o mal. A vitória da vida sobre a morte. E outras incontáveis vitórias que não consigo expressar em tão pouco espaço.
MÁRCIA BALTAZAR: Desculpa a minha burrice, não consigo entender isso: vitória do bem sobre o mal, a vitória da vida sobre a morte!
MOTA MOTA: Peço que a senhora, como pessoa esclarecida e que forma opiniões, possa pensar nas consequências de postagens sem embasamento. Somos livres e temos direito à livre expressão, porém, falar sem ter conhecimento de causa soa mais como ignorância do que como sabedoria e liberdade.
MÁRCIA BALTAZAR: Estou pensando e estudando melhor... Mas continuo com a opinião de que vocês não deveriam ficar ostentando esse símbolo porque ele “excita o terror”.
MOTA MOTA: Peço que, do mesmo jeito que a senhora foi ao MP solicitar uma simples mudança de pintura de parede, possa ir também para solicitar e exigir que salários sejam pagos em dia, que professores sejam também fiscalizados e possam dar aulas de qualidade ( são pagos para isso), que os hospitais atendam de forma digna e humana as pessoas que ali chegam para serem socorridas, que policiais e bombeiros tenham instalações humanas para que possam servir de forma ainda mais qualificada os cidadãos (inclusive a senhora).
MÁRCIA BALTAZAR: Claro! Estamos juntos e de acordo!
MOTA MOTA: Nunca subestime a cultura e profissão alheias.
MÁRCIA BALTAZAR: Não subestimei. Por isso gasto meu tempo de sono para “exigir” que tirem a pintura do muro. Confesso que usei um tom arrogante na minha reclamação ao Ministério Público, mas foi para causar mesmo! Não desmereço a polícia. Mas você não me convenceu de que o símbolo da caveira com as ditas armas é um símbolo que representa a promoção e a preservação da paz.
MOTA MOTA: Procure saber mais sobre o significado dos símbolos e enriqueça a sua bagagem cultural.
MÁRCIA BALTAZAR: Sim, já estou fazendo isso!
MOTA MOTA: E nunca se esqueça que, enquanto a senhora estava com o seu carro parado numa via tirando foto do vosso celular, havia policiais trabalhando e garantindo a sua segurança e a dos demais cidadãos.
MÁRCIA BALTAZAR: Não fui eu quem tirou a foto. Eu estava lavando roupa...
MOTA MOTA: Grande Abraço!
MÁRCIA BALTAZAR: Gostei do debate! Adoro! Abraços!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são livres, porém o blog se reserva o direito de excluir ou não (a não ser por força de lei) comentários que contenham palavras de baixo calão ou ofenças a policiais ou ao blog.