quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Coxa é punido com perda de 30 mandos de campo e leva multa de R$ 610 mil

Clube não consegue evitar pena máxima imputada pelo STJD em julgamento nesta terça-feira, no Rio de Janeiro




globoesporte.com/ Rio de janeiro


Não bastasse ter sido rebaixado à Série B no ano do seu centenário, o Coritiba foi punido por unanimidade, nesta terça-feira, com a perda de 30 mandos de campo e multa de R$ 610 mil pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Após quase quatro horas de julgamento, o Alviverde paranista foi enquadrado nos artigos 213 e 211 e absolvido no artigo 233 do CBDJ (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). A punição deve ser cumprida em competições nacionais organizadas pela CBF, como a Série B e a Copa do Brasil. Com isso, o Coxa está livre para jogar no Alto da Glória no Campeonato Paranaense de 2010.


O Coritiba foi denunciado ao STJD por causa dos incidentes ocorridos depois da última partida do Campeonato Brasileiro contra o Fluminense, no Couto Pereira. Na ocasião, torcedores invadiram o gramado, brigaram com policiais e depredaram o estádio.

Portanto, o clube incorreu três vezes no artigo 213 (deixar de tomar medidas capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto): pela invasão de campo, pelo tumulto provocado por torcedores e pelo arremesso de objetos. Para cada denúncia foi pedida a pena máxima, de perda de dez mandos, fechando os 30 jogos longe de casa da solicitação dos procuradores. Além disso, foi aplicada uma multa de R$ 600 mil (R$ 200 mil para cada incidência no referido artigo).

O Alviverde também foi punido no artigo 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização), que prevê a interdição do estádio até a liberação da CBF. Sem falar na multa máxima de R$ 10 mil.

Em relação ao funcionário do marketing coxa-branca Osvaldo Dietrich, ele foi suspenso com a pena máxima de quase dois anos (720 dias).

Por outro lado, o clube foi absolvido no artigo 233 (deixar de cumprir obrigação legal por fato ligado ao desporto), já que o STJD entendeu que o Couto Pereira atendia as exigências do Estatuto do Torcedor. Se recebesse essa pena, o Coritiba teria de desenbolsar mais R$ 10 mil.

Defesa do Coritiba não convence procuradores do STJD

O presidente da equipe de vistoria dos estádios do Paraná, Reginaldo Cordeiro, defendeu que o Coxa estava respaldado por laudos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, com validade até janeiro de 2010. E, de acordo com o dirigente, o clube estaria liberado para realizar partidas nesse estádio, já que o local estava de acordo com as exigências do Estatuto do Torcedor.

De acordo com o coronel Costa, comandante da PM, a polícia estava preparada para evitar uma eventual baderna no fim do jogo. E que a prioridade na confusão foi defender os jogadores, a arbitragem e a imprensa. O policial garantiu que cerca de cem homens agiram para evitar transtorno maior em campo.

Em seu depoimento, o advogado José Mauro Filho considerou um absurdo a punição de 30 mandos de campo para o Coritiba, quando no caso da Fonte Nova que tiveram sete mortes foram sete jogos. A defesa pediu em vão para que o STJD não colocasse o Coxa como vilão.

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